segunda-feira, 19 de abril de 2010
Olhares
sexta-feira, 16 de abril de 2010
De volta ao Jardim...
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Se me permitissem...
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Amar alguém!
Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se.
Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança.
O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja.
Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fôsse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito.
Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora em que forem embora as suas utilidades, você saberá o quanto é amado!
Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz!
O convite da vida cristã é esse: que você possa ser mais do que você faz
sábado, 10 de abril de 2010
Sonhos de Goiabada
Não desista do Amor !
Neste tempo de dúvidas e incertezas que passamos.Não desistam!Principalmente,as meninas,por favor,não desistam de amar! Padre Fábio e seu Amigo Robinho(já no céu)nos presentearam com esta linda letra!
Eu sei que é difícil esperar
Mas Deus tem um tempo pra agir e pra curar
Só é preciso confiar
Se a cruz lhe pesa
Não é pra se entregar
mas pra se aprender amar
Como alguém que não desiste
A dor faz parte do cultivo desta fé
E só quem sabe o que se quer
Quem luta para conseguir ser feliz
Não desista do amor, não desista de amar
Não se entregue a dor porque ela um dia vai passar
Se a cruz lhe pesou e quer se entregar
Tal como Cirineu, Cristo vai lhe ajudar
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Se eu soubesse que era a última vez...
E mais tarde sorriria para Lua e cada Estrela.
Daria longas gargalhadas;
Não teria medo de dizer que Amo e sou Amada!
Sonharia e realizaria minhas mais singelas inspirações...
Tocaria as minhas melhores músicas para os amigos,
E perdoaria os que comigo tem conflito.
Talvez até viajasse para deixar saudades...
Mas voltaria rapidinho para não causar tristeza.
Sentiria o perfume de uma rosa,
Ouviria o canto de um pássaro;
Sentiria o cheiro do meu lençol de cama;
Ouviria as ondas do mar;
E sentiria uma brisa do entardecer na praia.
Só que de modo diferente....
Tudo com os olhos cerrados e os ouvidos bem abertos
Sentiria com a alma!
Ligaria só para dizer:
- Você é importante para mim!
E se fosse o último abraço,
Ouviria o pulsar do teu coração
Me dizendo: Também Te Amo!
Não sei se hoje é o último dia, portanto, vou cumprir rápido minha poesia!
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Contrários
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Sonhos
Sonhos
Já cai a tarde e o dia birrento tenta não se render aos encantos da noite. Com sua teimosia habitual nos deixa um maravilhoso e silencioso espetáculo. Vai se curvando as cores fortes e marcantes da noite, e ao mesmo tempo atenuando a frieza e a solidão que ela traz. E nessas horas começo a rezar para consolar o meu coração ou simplesmente para agradecer a riqueza de vivenciar este encontro de contrários de cada dia.
Nessas horas, lembro do Anjo, é assim que chamava o meu Silva. Tenho saudades dos seus olhos tão firmes e silenciosos, lembro bem da primeira vez que os vi, e mais ainda quando os pude ter bem perto, frente aos meus, ou melhor, dentro dos meus. Lembro do detalhe, da riqueza de detalhes que era tê-los dentro do meu coração. Lugar aconchegante para deixar tão lindos diamantes.
Quis por um momento sentir seu sorriso junto do meu coração. Ser feliz é poder vivenciar um amor dentro da alma. Ágape? Não sei se posso dizer isso. Mas, amor. E amor que é amor deixa saudades. Nessas tardes frias posso ainda ouvir o Silva falar de vida - amor. Ele falava de amor da maneira mais difícil de esquecer, entrelaçando os dedos sobre as cordas de um violão. Era delicado, suave e apaixonante. É como uma xícara de chocolate quente num dia frio. Onde a doçura vai envolvendo o paladar a cada gole vagaroso, saboroso e quando esta termina ,ficam os lábios inertes a suavidade do gosto,contudo, não tem coragem de pedir mais nada, além de um sorriso. Sua melodia por vezes, sem voz, tocava o coração.
E coração que ama é diferenciado... Sonha, chora e ri em frações de segundos por um verso ou uma prosa. Eu quis ter este amor para sempre. Acreditei em cada abraço e cada sussurro da alma ao dizer: - Eu te amo. Só a alma pode sussurrar amor, só ela pode cristalizá-lo ou quebrá-lo. Pois é ela que o sente.
As tardes passam devagar... Ainda sinto o soar da campainha da casa como um sino que alegrava meu coração ao saber que o Silva chegara. Seu sorriso, misto de verdade e mistério me fazia feliz, me fazia sonhar. Era como uma rosa ansiosa para deixar de ser botão e exalar o mais terno e suave perfume ao vê-lo. Queria ser rosa, não qualquer rosa. Aquelas que são frágeis e duram muito pouco, cujas pétalas exprimem um aroma intenso e marcante. E eu fui rosa, quando pude exprimir diante dele minhas pétalas cheirosas, que pouco a pouco se deixavam ser tocadas pelas suavidades dos acordes de suas mais ternas melodias.
Aprendemos a partilhar vida, e vida partilhada, é vida amada. Aprendemos então a amar. Um com o outro. Cúmplices na vida e para a vida. A vida tornou-se como um jardim, onde podíamos experienciar o toque suave do vento nas copas verdes de nossa amizade, observar o trabalho santificante das abelhas em busca do néctar, que para nós se tornara o brilho do olhar do outro, do nosso olhar. O crescimento da grama de nossos sonhos e conquistas era a deliciosa fragrância da presença do amor em nossos corações.
Às vezes foi preciso tolher, mas o Silva era suave até nesses momentos e toda poda bem feita traz crescimento e geralmente, quase sempre, muitos frutos. A primavera estava próxima e alguns ventos fortes nos levaram para longe do nosso jardim. Esta ventania chamada distância fecundou a solidão em nossos canteiros. E de repente, o nós deixou de existir.
Sabe, às vezes penso que se eu pudesse sussurrar nossa canção o Silva aparecerá no jardim, e sorriremos, e num abraço terno e infinito poremos fim as nossas saudades. Talvez nossas rosas fossem na verdade orquídeas frágeis e que florescem uma vez a cada ano-vida.
Bem, só sei que o violão está aqui, junto ao velho banco no qual cultivávamos nossas mudas de felicidade. Ele não tem a mesma afinação, o Silva esqueceu-me de dizer como afinava, penso que era nosso amor que o afinava. Não sei... Agora, olho as tardes que passam devagar ao lado dele.
Ouço o barulho do nosso velho caderno de anotações de vida caindo de minhas mãos. E acordo na rede. Ainda é tarde e já primavera, os pássaros cantam... Mas, cadê o Silva? Será que ele era sonho ou beija-flor? Apenas sei que ainda há amor.